quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

E se o amor acabar?

Antes de iniciar esse post, não pense que ele será um texto sentimental e triste. Nem tenho motivos para isso, a vida anda boa, o coração tranquilo, a mente quieta, o que anda difícil é ter a coluna ereta, mas isso é outra história. Pois bem, voltando ao texto, como eu já tenho uma certa idade e criei algumas regras essenciais para a vida em casos de pé na bunda  fim de namoro e que eu acho que deve servir para todo mundo. Vejamos:

Coisas para se fazer depois do fim

1- Chore, se descabele, ande de pijama o dia todo em um sábado, fecha a porta e desça até o chão como nos dramalhões mexicanos e até pode entornar uma garrafa de vinho inteira, mas tente fazer isso só em casa, de preferência sozinha, mas se quiser um apoio chame os amigos mais chegados. Por favor, não leve seu papel de vítima para a rua, amigo nenhum merece uma pessoa eternamente se lamentando e vou contar um segredo: ninguém tem pena de vítima, no máximo tem educação em ouvir

2- Estabeleça um prazo para ficar triste. Acredito que um "luto" no relacionamento é importante. Ficar sozinha, fazer programas consigo mesma é importante para se conhecer e gostar da sua companhia novamente.

3- Não, ninguém fica morto de feliz depois de dois dias que o namoro acabou. Por favor, evite as fotos de baladas nas redes sociais com as legendas  "só curtição", "galera massa", "pirando todas". Além de ridiculo, não convence ninguém e dependendo da quantidade de maquiagem ou do tamanho do seu vestido é capaz de até ouvir comentários "fulana depois que terminou com beltrano resolveu ser periguete". Não queremos isso, não é mesmo?

4- Tente determinar um prazo mínimo para assumir a posição de best friend do seu ex namorado. Essa é outro papo furado que não convence ninguém. Aparecer na casa dele para conversar dois dias depois do  fim do namoro ou quando ele assumiu outro relacionamento é desconfortável para todo mundo, inclusive, para você

5- Evite derramar seus problemas em cima dos outros. Os bons amigos vão te ouvir, com certeza, mas vão te achar um saco.

6- Se ele já tem outra namorada, antes de sair por aí declamando aos quatro ventos que a outra é feia, gorda ou piranha. Lembre-se que ela é o J. Pinto Fernandes (aquele que não tinha entrado na história do poema. Lembra? Se não lembra joga no google agora pq aqui não é aula de literatura), quem tinha compromisso com você era o carinha e não ela. Sim, você está fazendo isso errado.

7- Se tiver sem dinheiro, doente, sem roupa para sair peça ajuda para um transeunte, esqueça que seu ex, pois o máximo que vai conseguir é que ele te ache um saco.

8- Não ligue, não procure, se preciso se amarre. Eu sei que você vai dizer que a sua história é diferente, que seu ex está apenas confuso e bla bla bla (sim, conheço esse filme e já me deu sono só de ouvir). Enfim, ele pode fazer até "bem me quer, mal me quer" com florzinhas, não importa. Evite essas aparições inesperadas, esses encontros para conversar, o máximo que vai acontecer é você ficar esperançosa e ele com o ego amaciado. Se você que terminou o namoro, evite ser cruel, não atenda o telefone também.

9- Evite essas recaídas que na minha interpretação é apenas sexo sem compromisso. Se você quer reatar o namoro, dar de vez em quando não vai resolver o problema. Se você não quer mais , nenhum cara vai querer um relacionamento contigo se souber que ainda frequenta a cama do seu ex de vez em quando. Lembre-se o mundo é um ovo e todo mundo sabe da vida dos outros.


Não sou pessimista, acredito que os relacionamentos não precisam ser pensados como se fossem chegar ao fim a qualquer momento, mas a velhice maturidade me trouxe novas formas de perceber o mundo e os namoros até para que a vida seja mais saudável.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Escrevo para você, mas não sei bem se é a ti que eu quero atingir. Sei que nada por aqui mudará o sentido daquilo que passou. Tudo passou.
Em mim, uma lembrança invade os sete buracos da minha cabeça, e por ela, às vezes sou feliz o dia inteiro, ou fico calada boa parte do tempo. Tenho até vontade de fechar os olhos pra, quem sabe, compreender o motivo desta lembrança ainda pairar por aí.
Revi filmes, li livros, ouvi músicas, revisitei lugares, quebrei mitologias pessoais. Não tenho mais 20 anos e nem medo de avião. Já bebi até vomitar, soube assim por alto que você fuma quando bebe. Eu agora gosto de dançar, parece que você também andou arriscando alguns passos. Não gostamos mais das mesmas músicas e nosso gosto musical já não deve nem combinar.
Não somos mais os mesmos (em alguns momentos somos até bem mais ou menos), nos tornamos tão frágeis e em alguns momentos, não te reconheço mais, "suas roupas são outras, soltas em mim, as palavras da tua boca". Eu escrevo é para mim, é por mim, para pintar com novas tintas, as paredes de minha alma. Não conta pra ninguém, mas tem mais de um ano que eu não leio mais o seu signo e nem penso em te ligar quando olho na livraria aquele livro mega fodástico, pois não sei se você ainda se interessa por algumas coisas.
Li uma dedicatória sua em um livro que sempre me dói. "Sou um filho da puta, mas eu te amo", frase que deve ter sido repetida por tantas vezes para outros ouvidos, e como eu devia ter acreditado somente na primeira parte da declaração.
Esquecer é reaprender caminhos, é voltar e sentir toda a dor novamente para saber como lidar com ela daqui pra frente. Esquecer é entender os sinais de adeus, é se distanciar aos poucos, até que a cola vá saindo devagar e todos  possam partir

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vida


No fundo a vida é só isso, um trem que em algumas vezes pode parecer desgovernado, outras um tanto lento e cansativo.
No caminho, novos passageiros, alguns entram, sentam do seu lado, puxam um bom papo e descem na próxima estação.Outros ficam mais tempo e quando chegam ao ponto de partida, deixam saudades.
Ainda bem que sempre vai entrar alguém interessante e um deles pode resolver mudar o roteiro e te acompanhar, mas aí vocês acabam discutindo os novos passeios e resolvem não só olhar a vida passar. Nos intervalos da viagem, é sempre bom aproveitar ao máximo todos os momentos da paisagem

Sobre o fim e outras coisas

Antigamente eu achava que tudo devia ter um final, um relacionamento devia ser protocolado e entendido como encerrado, com direito a recolher todos os pertences da mesa posta no coração do outro e sair sem deixar vestígios.
Depois entendi que não, que o fim quando é fim mesmo não acaba de uma vez só, vai em pequenas doses, consome, deixa muitos arranhões no peito, mas com o tempo eu acho que cicatriza.
O que eu nunca entendi são os fins que acabam sem ser, as histórias que evoluem pela metade e terminam do nada como se não tivessem existidos. É, aquelas histórias que acontecem intensas e duram poucos meses, ou quem sabe dias e que, simplesmente, somem como poeira. Cada um do seu lado, caminhos diferentes, sem dor e sem culpa e...até mesmo, com dúvidas se ela realmente existiu. Mente com lembranças, mas sem o brilho eterno

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Andei

"Não vou voltar atrás, o chão sumiu a cada passo que eu dei...andei"

A vida é assi, cheia de encontros, desencontros e muitas idas, nem sempre com voltas, ou se elas acontecem não é do mesmo jeito de antes

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Zelo

Só te peço uma coisa
Tome cuidado
Muito cuidado ao sair
Não se machuque com os estilhaços de nossos sentimentos

domingo, 21 de agosto de 2011

Curativo

Sabe o motivo de ainda não ter cicatrizado?
É que antes de colocar todo o sal do mundo para estancar o sangue, nãao se tirou toda a doçura que existia.
Criou-se uma capa protetora, mas o açúcar ainda está aí. Isso é que incomoda

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sobre a ausência



 Do amor que eu nunca te dei,

Você guardou momentos que eu nunca vou lembrar.

De você eu nem lembro, a tua falta, talvez eu tenha sentido

Talvez eu tenha pensado em você,

Naquelas noites de frio

Ou de manhã, quando você roçava o ombro frio em meu nariz

Não, não acredite em mim

Eu não gostava disso

Mas quando se passa muito tempo

Esses detalhes insistem em fotografar em nossas cabeças

Do amor que eu nunca te dei

Você sente saudade

Eu sinto febre

Eu ainda tranco a porta do banheiro

E tenho medo do escuro

Nem por isso você segurou a minha mão

Do amor que eu não te dei

Eu não sinto falta

Assim como não sinto falta da infância

Do primeiro namorado

De acreditar que existiam no mundo

Os príncipes encantados

Do amor que eu não te dei

Só existem as boas lembranças


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vai um chuchu aí?





"Isso aqui é o quê?"
"É um pedaço de chuchu. Come, faz bem!"
"Eca! Eu não gosto de chuchu"
"Ah besteira! Tanta gente que você conhece tem cara de chuchu e nem por isso você deixou de comer"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E na praia

Compra a rede aí minha patroa?
Olha a tatuagem de henna
A ostra, a ostra
Quer um queijinho? Tem com ORÉGA  e sem ORÉGA

E assim acontece um momento relaxante na praia







Baby

"Olá Baby!!Sim, você sempre será meu baby"

Bem, vamos pensar...os bebês são bonitinhos, desdentados e quando não conseguem o que querem, choram sem parar. Eu não choro, mas eu esperneio e eu tenho um monte de dentes na boca e, honestamente, nem sei se sou tão fofinha assim. Tem certeza que eu sou o baby?

"Baby, baby, eu sei que é assim...."

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Verdade

"Não o veja como o cara que você amou por algum tempo. Encare-o como o homem que traiu você e te trouxe mágoas, te fez sofrer e expôs a tua intimidade para quem não merecia nenhum tipo de participação na tua vida. É um exercício diário, mas é mais simples assim"

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tempo da delicadeza

"Esse seu olhar quando encontra o meu...fala de umas coisas que eu não posso acreditar..."

Amigos são assim...muitos nem precisam de palavras

terça-feira, 26 de julho de 2011

O mesmo novamente


"Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei você em luz e sombra
E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste
Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são..."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bruna



Meu nome começa com "B" e termina com "A"
"A" de odeio
"A" de não tão boas lembranças
Faço no silêncio bem mais que fazem no grito
Assim vou vivendo
Guardando o que se passou
Eternizando o que está acontecendo

(Angelo Guimarães Rosa)

sábado, 9 de julho de 2011

Amor virtual

Em tempos de redes sociais, rompimentos nunca mais foram os mesmos. Antes, um namoro acabava e as pessoas apenas deixavam de se falar, evitavam os mesmos lugares e pronto, parecia mais fácil cicatrizar os pobres corações. Pelo menos, eu acho que era assim, no tempo da minha mãe. No meu, quer dizer, no nosso tempo, as coisas não são tão fáceis assim.


Sou uma moça de namoros longos, o que, conseqüentemente, leva a várias fotos disponibilizadas em perfis em redes sociais, declarações de amor em blogs e assumir um estado civil “relacionamento sério” para todo mundo “curtir” muito no Facebook.

Nem sempre os amores são para a vida toda e quando acaba não dói só deixar de ter a rotina com aquela pessoa, dói ter que tirar as fotos do casal, dói ter que mudar para solteiro e dói demais ler novos comentários e perceber que ele assumiu virtualmente uma outra paixão. Parece até que encontramos alternativas para prolongar o sofrimento pós- namoro.

Esta semana, revendo minha vida virtual encontrei um site que pode até depor contra a minha biografia. Sim, gente, eu tinha um “flog” e nele vários registros com meu antigo namorado. O que mais me pareceu estranho foi perceber uma intimidade que hoje não existe mais. Um amor que ficou congelado e esquecido em uma página na Internet.

Parafraseando Chico Buarque, posso dizer “Hoje a gente nem se fala, mas as fotos continuam...”, não nego que tive uma sensação estranha, não necessariamente saudade, mas a constatação de que os amores que se julgam eternos podem ser tão efêmeros. Pensei em apagar as fotos, mas depois decidir deixar as coisas como estão, faz parte de uma história que passou, mas enquanto durou deu certo. Se um dia eu sentir saudade, vou lá e visito a “brunica” e o namorado dela que não é o mesmo de hoje.

Texto publicado na coluna "Caleidoscópio" do Caderno Na Mira de 8/07/2011

Não diga alô

"E agora?"
"Agora eu respondo como todo mundo que sabe que uma coisa não vai durar e você finge que acredita na minha verdade"
"O que você vai fazer?"
"Eu vou dizer: "eu te ligo" e não é de se espantar que você fique esperando
"Mas me liga..."
"Eu ligo, pode ser hoje, pode ser amanhã, pode ser daqui a um ano, mas eu juro que vou ligar"
"Ok, mas não ligue  na madrugada, pois eu tenho um sono pesado"
"Tudo bem, eu não irei te acordar"

Pedalando (papo de analista)

"O problema é que você não corre atrás dos teus objetivos e das pessoas que você realmente quer?"
"Hum...tem que ser correndo mesmo?
"Como assim?"
"Ah sei lá, pensei em pegar a bicicleta e sair pedalando e pegando os sonhos no caminho"
"Pedala então, mas venha"
"Deixa eu só pegar meu guarda-chuva, de repente pode chover. Espera aí que eu chego já"
A propósito, alguém pode me arrumar um mapa por aí?

domingo, 26 de junho de 2011

"Séculos e séculos com a mesma ladainha..."

Esperando...

Em dias de sol ou de muita chuva, não importa o cenário. Tem alguns dias de nossa vida em que a gente se percebe esperando, apenas isso. Eu espero que anoiteça logo, que o dia de trabalho acabe logo, que a aula acabe e que você ligue logo.
Na verdade, essa é uma das esperas mais importantes, tão essencial que de vez em quando me vejo tentando ser a menina de Felicidade Clandestina, fingindo não ter para depois lembrar e pegar com força. Você liga, sorrir e eu deixo de esperar por aquilo que eu criei para ser você.

"Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo

Um beijo imenso, onde eu possa me afogar
Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A Patativa do Norte, eu quero a sorte
Eu quero a sorte de um chofer de caminhão
Pra me danar por essa estrada, mundo afora, ir embora"

quinta-feira, 23 de junho de 2011

"Nada nunca dá certo de vez. Eu sei. Tudo termina sempre acabando. Só o fim permanece. O fim eterno de todas as coisas. Então, me dissolvo antes do fim. Eu me dissolvo."
(Filme Nome Próprio)

domingo, 12 de junho de 2011

2


Rabisco paixões com tinta vermelha nas paredes da minha alma.
Risco com força, na mesma intensidade de nós dois
Você conseguiria interpretar?
Tem sentido para você?

"Ainda essa história?!"

Círculo vicioso
Sensações repetitivas
Tão doloroso quanto arrancar do corpo a alma usando cera quente

Intenso, doce, áspero

Olhos caídos
Boca que procura e gosta
Gosto amargo por ser doce
Sabor de mel amanhecido
Que me acorda sem que eu perceba

"Se eu disser que quero aprender a me amar e te amar ao mesmo tempo?
Você teria tempo?"

Escrito dia 12 deJunho,2011...entre o céu de São Paulo e São Luís

quinta-feira, 9 de junho de 2011

astrologia

"Max, eu vou fazer duas tatuagens"
"Já escolheu o quê?
"Não, estou ainda escolhendo os desenhos
"Escolhe alguma coisa ligada a signos. Tu não gostas?"
"Max, por favor...eu sou aquariana com ascendente em Gêmeos..."
"E daí?"
"Daí que não vou tatuar a minha safadeza instituída pelos astros"

quarta-feira, 8 de junho de 2011



"Sabe o que é chato ? Perceber que tudo que acreditamos é uma verdadeira mentira. Destino, alma gêmea, amor verdadeiro, e todas essa bobagens infantis de conto de fadas. Tinha razão, eu devia ter te ouvido..."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Amor

Ele é mais novo que eu. Ele de peixes, eu de aquário. Sim, sou dele o inferno astral como dizem os bons astrólogos.
Ele com sotaque carioca, eu carregando na melodia das minhas frases e o "arri" e no "oxe" que nem eu mesmo percebo. Ele professor de Geografia, toca violão, sorriso bonito. Eu jornalista, sem nenhuma habilidade com os instrumentos musicais, dentuça e destrambelhada.
Eu chorei, ele ouviu. Eu chorei, ele riu. Eu ri e ele me levou pra comer sushi e sarar algumas feridas que ainda estava por aqui.
 Somos diferentes, somos iguais, somos amores, somos amigos, almas-irmãs que brigam sempre e que estão sempre por perto uma da outra, ainda que distante geograficamente. Para mim, não tem como não falar de amor, sem falar dele. Sim, eu não preciso falar de amor, para falar de amor, eu só preciso falar do Bruno




sexta-feira, 27 de maio de 2011

Depois de uma partida

Já faz um tempo que tudo aconteceu, não consigo mais fechar os olhos e ouvir o seu sorriso, pra ser bem sincera,  nem consigo mais olhar nos seus olhos.
Você, ou pelo menos aquilo que eu achava que era você, não existe mais materialmente, apesar de seu corpo continuar aí. Neste exato momento, bem na minha frente.
Não nego que senti a falta desse  que só existia na minha cabeça. Por algum tempo, esperei que voltasse e que tudo não fosse verdade, mas isso nunca seria possível.
Tudo foi acabado, nossa colcha sagrada manchada. No meu coração foi enfiada uma faca fina e afiada, ela foi girada em câmera lenta dentro dele, espalhando sangue e sentimentos por todos os lados.
Eu ainda andei com essa faca no corpo por algum tempo, acho que a dor era a única coisa que fazia eu me sentir viva, era algo que me fazia continuar,  mas a dor começou a ficar forte demais e eu percebi que não precisava tanto assim dela. Na verdade, desconfio que você sempre precisou mais dela que eu.
Você t precisava daquela faca ali onde ela estava, toda vez que se sentia inseguro ia lá e dava uma giradinha. Permitia que você fizesse isso, a culpa também era minha, tanto que eu deixei de contar para as pessoas e me envolvia superficialmente com vários. O superficial era sempre uma espera inconsciente que você voltasse.
Você voltava, ligava, chorava e suas lágrimas sempre foram ácido no meu coração.  A minha dor fazia com que se sentisse amado e que sempre tinha alguém te esperando. Girou por várias vezes, doía e eu comecei a sofrer em silêncio, até não ter mais coração.

domingo, 22 de maio de 2011

"Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:


onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:

em que direção se vai?”

(Adélia Prado: O Coração Disparado)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Boto

Na mitologia Amazônica, encontramos o Boto Rosa, que tem o poder de emergir das águas do rio a noite, e se transformar num belo homem, para seduzir as muheres que se sentem atraídas pelo seu estranho fascínio. Apresenta-se sempre de terno branco e traz na cabeça um chapéu também branco para ocultar os orifícios que estão em sua cabeça e pelos quais respira. A lenda está ligada aos ribeirinhos, às festas juninas, aos bailes caseiros e populares e, principalmente, as moças solteiras e românticas.
Alto, bonito, todo de branco e chapéu na cabeça. Gentil , todas as moças ficam encantadas. E ele escolhe uma e a leva para a praia ou a beira do rio. Depois nunca mais é visto pelas redondezas, a moça fica grávida e, por causa do encantamento, não se mostra arrependida.  Dizem que geralmente nasce um menino, o filho do Boto.
Dizem que é lenda né? Pois eu creio que o boto existe. Claro que ele não é um boto, é um homem que não se aproveita de mocinhas românticas em beira de rio. Experiente, sabe chegar na moça, aparentemente inteligente, mas fragilizada emocionalmente e que se sente atraída pela figura meio homem e meio paternal. No fundo, mulher sempre quer uns momentos de proteção.
O encantamento dura muito pouco, na maior parte dos casos não deixa filhos, mas é capaz de modificar de forma implacável várias vidas

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Criminoso

Movimentos

"Existe uma coisa que me dói perder, existe uma coisa que custei a ganhar ..."


Não sei em qual momento eu andei rápido demais e me deixei conduzir para um caminho tão diferente e tão sombrio.
Desconheço qual foi o movimento meu (ou seu) para direita ou para a esquerda que modificou por completo os rumos dos acontecimentos. Ia tudo tão bem, tão normal, mar sem ondas...
Eu não negaria nem para mim que sinto a falta, de ouvir o telefone tocar e falar o apelido que era só nosso. De falar coisas importantes ou não. Quando quero falar com os olhos. Hoje sei que não tem volta, erros, enganos, riscos, desafios de quem pensava saber ser gente grande
"Como você me dói, vezenquando..."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

efêmera

Hoje é o tempo preu ficar devagarinho


com as coisas que eu gosto e

que eu sei que são efêmeras

e que passam perecíveis

e acabam, se despedem,

mas eu nunca me esqueço.



Vou ficar mais um pouquinho

Para ver se eu aprendo alguma coisa

nessa parte do caminho.



Martelo o tempo preu ficar mais pianinho

com as coisas que eu gosto e

que nunca são efêmeras

e que estão despetaladas, acabadas

Sempre pedem um tipo de recomeço.
 (Tulipa Ruiz)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

numa boa aos 40

Cena:Conversa com conhecido 20 anos mais velho que eu.
 Cenário: Restaurante do shopping
"Você come muito arroz viu Bruna, carboidrato faz mal"
"Eu coloquei uma colher de arroz e carboidrato desde que bem balanceado faz bem. Tem salada e tem peixe no meu prato, o teu tem só salada e isso não parece bom"
"Ah não como mais arroz, não quero mais engordar e também não bebo enquanto eu como"
(observo que não existe barriga, como não existe gordura e nem aparência de jovialidade e continuo comendo em silêncio)
Pausa: Hora do café
"Oh Bruna, você vai tomar com açúcar, eu não tomo nem com adoçante, pra não fazer mal a saúde e pra eu sentir o gosto do café"
Resposta:
"Sabe o que é, vou te confessar...é que minha meta é chegar um caco aos 40. Satisfeito?"

domingo, 24 de abril de 2011

Lobo


AMIGA 1: Ele é um cara legal, mas tem cara de gente ruim. É bom nem se apegar..."

AMIGA2: É verdade, ele tem cara de gente ruim

AMIGA 1: Se bem que eu nem sei...já me ferrei com tanto cordeiros que nem tenho mais medo dos lobos

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Roleta russa


"Meu coração atira


Ao alvo errado, e acerta..."

quarta-feira, 30 de março de 2011

Aniversário



Melhor amigo via twitter

Hoje é dia da @brunacastelo, parabéns a ela, não é qualquer uma que chega a essa idade com saúde física e mental

Amiga por telefone

Aniversariante: Querida, tá demorando, vc não vem?
Amiga: Não, não vou mais
Aniversariante: Sério?! Pq?
Amiga: Ah, porque eu NÃO quero gastar dinheiro com táxi
Aniversariante: ah, valeu...

Dia seguinte
Amigo esquecido: "Parabéns pra vc nesta data querida" hahhaha (risada cativante) . Você ouviu milhares de pessoas cantando isso né?
Aniversariante:  Várias, principalmente as pessoas esquecidas

Dia seguinte
Amigo amado de Internet: "Meu amor, minha flor, minha menina" Parabéeeeeeeeeeeeeens, tudo de bom pra vc, que vc continue sendo essa mulher linda, encantadora
Aniversariante: Oh baby, obrigadaa
Amigo amado: Viu, eu fiz um grande esforço e não esqueci
Aniversariante: Pow, que massa...mas, o aniversário foi ontem
Amigo amado: Oh Jesus, fiz de tudo pra não esquecer.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Homem de verdade

"O meu problema é que eu só sei lidar com menino..."
"E o que você faz comigo então? Eu nunca fui menino"
"Já ouviu falar em regra e em exceção? Espero que você não seja a regra"

terça-feira, 15 de março de 2011

Irritante

Sabe o que me irrita nesta relação? É a sua incapacidade de perceber que não tem todas as razões do mundo e que as pessoas às vezes sofrem por quem não merece e não precisam ser recriminadas ou expostas por causa disso. Ninguém sofre por querer e nem é capaz de deixar de amar em apenas um clique
O que me irrita é você achar que todas as pessoas do mundo são inferiores, sejam elas menos inteligentes, gosto menos apurado ou outros defeitos que, de vez em quando, só você enxerga. Também é irritante essa sua vontade de colocar a culpa ou ser agressiva com as pessoas, para se defender de um inimigo que também é oculto.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Das gentilezas

E cá estamos nós dois "nessa faixa intermediária em que fica cedo demais para algumas coisas e demasiado tarde para a maioria das outras", Fazer o quê?

Sabe, eu gosto dos meus cabelos compridos...
Resposta: sabe, eu gosto dos seus, compridos ou curto, gosto de como eles se harmonizam com o resto do seu rosto. Gosto dos seus olhos meio amendoados e o sorriso largo que parece meio de menina. Apesar de quando você fala eu sei que é uma mulher e que intimida os menos corajosos.

"Nao tinha mais um dia a perder,pois embora fosse muito cedo, começou a suspeitar que era também desesperadamente tarde demais"

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu não confio

Em homem que usa bermuda de tactel
Em quem me chama de querida, bru e qualquer outra coisa fofinha sem me conhecer direito
Em gente que beija de olhos abertos
Gente que gosta de azeitonas
Em quem não se treme com um telefonema fofinho
Em quem nunca tomou um porre dos bons
Em quem nunca teve o coração partido

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Imposição

Não tem jeito, o mundo é injusto e tem gente que veio ao mundo para ser azeitona.
Não para ser pequena e verde, pois aí seria até mais interessante, falo daquelas pessoas que nasceram com a insistente idéia de querer se impor a todos os sabores, sem perguntar se eu gostaria de apreciar melhor aqueles pimentões cortados na salada.
Tire o seu sabor daqui

domingo, 13 de fevereiro de 2011

No bolso

E quando você se sente segura, melhor se afastar de quem te ameaça. Tem gente que chega sorrindo, com um papo inteligente e uma perfeita intimidade com a gramática que, no primeiro vacilo, te dobra no meio e te coloca no bolso e vai sair andando por aí esquecido de você

É só pensar


E mexer as peças certas no momento exato

Eu gosto...

" A propósito, eu gosto de você sem graça, sem maquiagem, sem frescura...e acho que vou gostar sem roupa"

Oh gente, agora quem ficou sem graça fui eu...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um dia eu acerto


Sei lá que bicho me dá



Sei lá pra onde eu atiro,

Seu alvo mexe toda vez que eu te miro

Se eu fosse você, bem que eu ficava comigo

Só pra provar o que me faz sentir vivo

Daqui do meu ponto de vista

Você se entrega e quase nunca se arrisca,

Daqui do meu olhar pra fora

O tempo certo sempre foi agora
(De Graça-Luiza Possi) 


Acho que talvez passou muito da hora de mudar o alvo, alguém acertou antes ou pegou carona na minha seta e conquistou meu alvo. O teu amor é mesmo uma mentira, mas que agrada não só a minha vaidade, deixa um frio na barriga, bate um vento no rosto e um arrepio que não chega nem a ser bom ou ruim. Não era amor, mas acho que podia ser ainda muito melhor.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quase uma semana de uso

2011 chegou fazendo alarde, como em todos os anos e veio mesmo. Há quase uma semana o ano que era novinho em folha já anda aí na atividade. Não sei se as pessoas se renovaram e viram o ano como páginas em branco. Bom, eu não, acho que são novas páginas para a gente continuar o que andou escrevendo nesses anos todos.Claro que rabiscando um monte, melhorando a caligrafia, a coesão e a coerência
Eu tenho algumas resoluções de outros anos, mas é claro que colei algumas páginas do ano passado, para ter a sensação de ter fechado um livro para começar outro. É saudável jogar tanta coisa fora, saudável tentar esquecer ódios amorosos e amores odiáveis.
Assim eu fiz, alguns estavam por aí empoeirados desde 2008 e já etava mais que na hora de quebrar vínculos antigos. É bom para a gente continuar, acumulando experiências e assim tentar fazer diferente.
Temos quase uma semana de uso e eu ainda não parei para iniciar experiências que só começam em 2011, estou pronta para nvos capítulos, novos personagens e textos deliciosos com palavras elaboradas e com sonoridade interessante.

sábado, 1 de janeiro de 2011

É muita sinceridade

"Ei, ontem sai com uma amiga e me senti meio burra, ela sabe tudo sobre e Bruno e Marrone e eu só sei que eles dormiram na praça"

"Aqui...eu acho que essa informação que você tem já é suficiente né?haha"

"Eu acho meio sadomasoquismo: seu guarda seja meu amigo, me bata, me prenda, faça tudo comigo..."

"É muito amor sincero né? Muita vontade de amar...por isso é que vende"