terça-feira, 26 de julho de 2011

O mesmo novamente


"Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei você em luz e sombra
E era sempre, Não foi por mal
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste
Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são..."

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bruna



Meu nome começa com "B" e termina com "A"
"A" de odeio
"A" de não tão boas lembranças
Faço no silêncio bem mais que fazem no grito
Assim vou vivendo
Guardando o que se passou
Eternizando o que está acontecendo

(Angelo Guimarães Rosa)

sábado, 9 de julho de 2011

Amor virtual

Em tempos de redes sociais, rompimentos nunca mais foram os mesmos. Antes, um namoro acabava e as pessoas apenas deixavam de se falar, evitavam os mesmos lugares e pronto, parecia mais fácil cicatrizar os pobres corações. Pelo menos, eu acho que era assim, no tempo da minha mãe. No meu, quer dizer, no nosso tempo, as coisas não são tão fáceis assim.


Sou uma moça de namoros longos, o que, conseqüentemente, leva a várias fotos disponibilizadas em perfis em redes sociais, declarações de amor em blogs e assumir um estado civil “relacionamento sério” para todo mundo “curtir” muito no Facebook.

Nem sempre os amores são para a vida toda e quando acaba não dói só deixar de ter a rotina com aquela pessoa, dói ter que tirar as fotos do casal, dói ter que mudar para solteiro e dói demais ler novos comentários e perceber que ele assumiu virtualmente uma outra paixão. Parece até que encontramos alternativas para prolongar o sofrimento pós- namoro.

Esta semana, revendo minha vida virtual encontrei um site que pode até depor contra a minha biografia. Sim, gente, eu tinha um “flog” e nele vários registros com meu antigo namorado. O que mais me pareceu estranho foi perceber uma intimidade que hoje não existe mais. Um amor que ficou congelado e esquecido em uma página na Internet.

Parafraseando Chico Buarque, posso dizer “Hoje a gente nem se fala, mas as fotos continuam...”, não nego que tive uma sensação estranha, não necessariamente saudade, mas a constatação de que os amores que se julgam eternos podem ser tão efêmeros. Pensei em apagar as fotos, mas depois decidir deixar as coisas como estão, faz parte de uma história que passou, mas enquanto durou deu certo. Se um dia eu sentir saudade, vou lá e visito a “brunica” e o namorado dela que não é o mesmo de hoje.

Texto publicado na coluna "Caleidoscópio" do Caderno Na Mira de 8/07/2011

Não diga alô

"E agora?"
"Agora eu respondo como todo mundo que sabe que uma coisa não vai durar e você finge que acredita na minha verdade"
"O que você vai fazer?"
"Eu vou dizer: "eu te ligo" e não é de se espantar que você fique esperando
"Mas me liga..."
"Eu ligo, pode ser hoje, pode ser amanhã, pode ser daqui a um ano, mas eu juro que vou ligar"
"Ok, mas não ligue  na madrugada, pois eu tenho um sono pesado"
"Tudo bem, eu não irei te acordar"

Pedalando (papo de analista)

"O problema é que você não corre atrás dos teus objetivos e das pessoas que você realmente quer?"
"Hum...tem que ser correndo mesmo?
"Como assim?"
"Ah sei lá, pensei em pegar a bicicleta e sair pedalando e pegando os sonhos no caminho"
"Pedala então, mas venha"
"Deixa eu só pegar meu guarda-chuva, de repente pode chover. Espera aí que eu chego já"
A propósito, alguém pode me arrumar um mapa por aí?