quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Que este amor não me cegue nem me siga

Que este amor não me cegue nem me siga.


E de mim mesma nunca se aperceba.

Que me exclua de estar sendo perseguida

E do tormento

De só por ele me saber estar sendo.

Que o olhar não se perca nas tulipas

Pois formas tão perfeitas de beleza

Vêm do fulgor das trevas.

E o meu Senhor habita o rutilante escuro

De um suposto de heras em alto muro.

Que este amor só me faça descontente


E farta de fadigas. E de fragilidades tantas

Eu me faça pequena. E diminuta e tenra

Como só soem ser aranhas e formigas.



Que este amor só me veja de partida

( Hilda Hilst)

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NEY FARIAS disse...

QUE ESTE AMOR NÃO ME TELEFONE
NEM ME ALUGUE
QUANDO ESTIVER JOGANDO O VASCO
POIS SÓ ENTÃO REVELAREI
MINHA TORMENTOSA IRA
E O ÁCIDO CORROSIVO
DO MEU PODEROSO ASCO.

(TEREI EXAGERADO?)