terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ai de mim que sou carente




Quando não se tem namorado e está muito a fim de se amarrar, já percebeu como as pessoas mudam? Elas tendem a ser mais carinhosas e encarar um simples fica como o grande amor da sua vida. Já fui adolescente, vivi desilusões e sei bem o quanto a galera sozinha sente necessidade de afeto. Conheço gente que se apaixona pelo melhor amigo e por aí vai.
Minha intenção aqui não é criticar ninguém, não sou e nem quero ser uma expert em relacionamentos, mas hoje já consigo perceber determinadas situações com mais frieza, não por ter amadurecido, ter experiência de vida, chifres, pontapés e etc, mas porque não estou vivendo nada parecido e aí fica mais fácil o distanciamento. Hoje, se eu pudesse voltar atrás, muita coisa eu teria feito diferente, na maneira de demonstrar carinho, afeto e, até mesmo, escolher o momento exato de se recolher.Pois bem, estava conversando com uma amiga sobre relacionamentos, percebi uma situação engraçada, pelo menos para mim. Com a devida autorização, publico parte da história
Ela que terminou um namoro não faz muito tempo, passou um tempo sozinha só olhando às vitrines e aí resolveu que estava na hora de tentar umas novas experiências. Ainda fora de prática, ficou com um carinha muiiiito carinhoso ( até demais, analiso pelos depoimentos), enfim, deu uns beijinhos em uma saída para uma lanchonete (ou sorveteria? Não lembro agora, ajudaí). Ok, o cara era legal, mas não rolou. Não teve aquela coisa que mulher sempre sabe, ela foi pra casa, ele pra dele...tudo certo?
Nada, pois toda merda mal feita sempre traz efeitos no dia seguinte. E o dia seguinte não tarda, ele chega muito rápido. A moça no trabalho recebeu um golpe direto "via embratel". O telefone toca e era o rapaz com uma lista enorme de atividades para fazer a tarde que incluia almoço, cinema, caminhada na praia e pausa para jantar ( será que os apaixonados pensam que os alvos de suas paixões nunca tem nada pra fazer? Gente, uma tarde durante a semana é muita coisa)
Ela lá meio destreinada, coitada, meio sem prática de lidar com essas situações disse que não dava, arrumou a sua pior desculpa e o cara percebeu, mas não desligou o telefone. Emendou uma dr e bla bla bla.
Dias depois, ela fez um levantamento rápido da ficha ( todas as mulheres sabem muito bem como fazer isso) e descobriu que o rapaz estava solteiro há alguns meses e estava louco pra arrumar uma namorada, talvez nem só por carência, mas para mostrar pra ex que já tinha outra pessoa ( aquela coisa de Olhos nos Olhos, você vai me encontrar refeita, pode crer. Baixou o Chico Buarque deprimido).
Resultado, o legalzinho não se tornou o amor da vida da menina e teve que se curar de uma nova desilusão, justamente, por não ter conseguido respeitar o espaço, ter dado aquela desaparecida de leve e feito todos aqueles rituais de livro de auto-ajuda que podem até funcionar. O que não funciona é uma investida tão sufocante.

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