Tantos poemas que perdi.
Tantos que ouvi, de graça, pelo telefone – taí,
eu fiz tudo pra você gostar,
fui mulher vulgar,
meia-bruxa,meia-fera,
risinho modernista arranhando na garganta,
malandra,bicha,
bem viada,vândala,talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,vali-me de mesuras
(era comércio, avara, embora um pouco burra,
porque inteligente me punha logo rubra,
ou ao contrário,cara pálida que desconhece o
próprio cor-de-rosa, e tantas fiz,
talvez querendo a glória,
a outra cena à luz de spots,
talvez apenas teu carinho,
mas tantas, tantas fiz...
(Ana Cristina Cesar)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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1 sobrou pra você!:
E como vergonha na cara mandou lembranças, depois de cada depois lá estamos nós de novo nos travestindo de tantas, fazenda tantas pelo carinho de alguém.
Só isso. Nada mais.
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