Esteticamente faço o visual moderninha, já frequentei baladinhas, digamos assim, descoladas, já tomei alguns porres na faculdade e fiz muita coisa que hoje considero grandes besteiras da humanidade, mas mesmo assim, o catolicismo nunca me abandonou e daí por mais que eu flertasse com a irresponsabilidade, lá estava Jesus Cristo me chicoteando em pensamento e aconselhando para não experimentar nenhuma droga ilícita, não cobiçar o macho alheio, não aderir o periguetismo como o novo preto... nao fazer a pose do José Serra e outras muitas recomendações. Não acho que isso seja ruim, mas às vezes, sou classificada como careta (eu, justo eu, que saio com as amigas e chego em casa com o braço arranhado sem saber a origem do problema). Vejamos a situação mais recente:
Eu, moça comportada que sou, desci no hotel que estava hospedada em Belo Horizonte para esperar outros amigos jornalistas para badalar pela noite da capital mineira, quando passa por mim um moreno muito bem apessoado. Passa e olha. Sigo meu destino e sento no sofá para esperar os tais cinco minutinhos, quando o cara começa um ritual estranho, entra no elevador, abre e fecha a porta umas duas vezes. Isso me chama atenção, levanto os olhos e o cara, apontando o dedo pra cima diz: sobe!
Vi que ele foi até o último andar, mas nenhum passo por mim foi dado em direção ao elevador, aí quando relatei o fato, muita gente disse: você é muito besta, devia ter subido, deixar passar um cara bonito e bla bla bla
Eis minhas explicações:
Sou mulherzinha, gosto de ser cobiçada
Por mais casual que qualquer encontro seja, há de se ter o mínimo de decência e perguntar o nome da mulher
Fui criada ouvindo lendas urbanas de homens do saco, fusca azul e isso me fez nunca falar com desconhecidos
E voltando para a realidade, estamos vivendo um período de muita violência, não acho que seria uma boa idéia entrar em contato com um suposto assassino
E pra terminar: se ele me machucasse, o que eu poderia fazer? Tinha eu, subido lá com minhas próprias pernas nordestinas.
Por isso, eu posso até parecer moderna, mas sou irresponsável dentro das minhas possibilidades. Acho até que vou chamar meu pai e minha mãe para visitar meu blog. Quem sabe, eles fiquem orgulhosos de mim
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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3 sobrou pra você!:
antipiriguete...rsrs
Brunica e suas "lendas urbanas"; talvez não estivesse pra contar história. Siga sua intuição-recatada mesmo! Pelo menos fez sucesso em BH...
provavelmente... não, certamente, eu tb não teria subido. Mas sabe o que me consome? É ficar imaginando: e se tivessse sido irresistivelmente bom?
rapaz, graças a Deus somos moçinhas decentes e ajuizadas... senão o povo fariam mal juízo da gente, né Brunica?? tá massa o texto!!
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