( Para Caio Fernando Abreu)
De uns tempos para cá ficou difícil ser de outra cor, bem que foram esperadas as azuis, as verdes, as brancas...não teve jeito, as borboletas que saem da sua cabeça sempre são negras, das enormes e com aparência meio sinistra. No começo era assustador, de fazer doer o coração, situação frustrante. Dava mesmo vontade de fazer igual o conto de Caio Fernando Abreu que ela não deu importância quando leu, mas subir pelos telhados para levar a ameaça de asas para bem longe parecia uma alternativa interessante. Tentou, mas logo percebeu que não adianta...elas sempre voltam em grande quantidade e com aparência mais sombria,cada vez maiores. O jeito era mesmo se acostumar.
Assim o fez, com o tempo aqueles seres tornaram-se comuns naquele quarto, o ambiente era apenas de ruídos das asas batendo. Apesar de sentir pena, nada podia ser feito para ajudar...ele também deixou de aparentar incômodo com as borboletas negras tão temidas em outras épocas. Sem remédio...
E tudo se fez sombra, asas e silêncio...
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
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3 sobrou pra você!:
um dos meus contos favoritos! besos meu bem.
P/ variarrrrrrrrrrrr vc arrasandooooo...
bjusssssss...
Perfeito!
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