sábado, 10 de abril de 2010

O mar

"Quando bate a saudade eu vou pro mar...fecho meus olhos e sinto você chegar". Hoje estava ouvindo rádio e tocou essa das antigas de Cidade Negra. Lembrei de tanta coisa.
A primeira era que essa banda até que não era ruim quando começou, a proposta era interessante, mas depois virou mais um grupo de pop escroto. Essa música era legal, é uma das poucas que ainda escuto e tenho sentimentos por ela. Talvez pela suavidade musical ou por retratar essa relação com o mar.
Dizem que aquarianos gostam de liberdade, eu não podia fugir a regra. Tenho uma sensação de liberdade imensa quando estou diante do mar. Sentar, observar aquela imensidão, a força das ondas é algo relaxante.
Teve um tempo que gostava bastante de fazer esses programas em fins de tarde, sorrisos, ondas, olhos nos olhos e conversas demoradas. Sinônimo não só de liberdade, mas de uma felicidade doce, segura quase inabalável, pena que não era tão profunda.
O mar estava lá sempre, nos bons e maus momentos. Já contemplei quando estava feliz ou quando, extremamente desolada, às 15h de um dia de semana qualquer. Sentei na areia quente e chorei por duas horas seguidas. Eu sei que o mar chorou comigo e a angústia do meu peito junto com as lágrimas que saiam dos meus olhos, com certeza, eram menores que a beleza das ondas batendo nas pedras, mas eu não tinha aquela força, não tinha aquela reação e doía bastante. O mar testemunhou um quase desespero e também me ajudou a chegar na tranquilidade. Só o mar, às vezes, só ele entende.


"A gente só não inventa a dor/ A gente que enfrenta o mal/Quando a gente fica em frente ao mar/
A gente se sente melhor"




1 sobrou pra você!:

acervopop disse...

Sobrou pra mim...

À deriva passei por aqui. Gostei do que li, senti...enfim estarei por aqui.

Um abraço, luz, força, tudo de melhor pra vc