quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Blá, blá, blá, blá

Quando eu comecei a escrever em blogs, tinha 20 anos, para uma menina recém-saída da adolescência, acostumada a exibir suas agendas abarrotadas de fotos, embalagens de bombons e uma linguagem em código para falar sobre os garotos, o blog era uma maneira de exibir na rede todas as minhas bobagens de uma moça recém-saída da adolescência e que acabava de descobrir o fantástico mundo de ter passado no vestibular. Depois do blog, veio os fotologs e era mais uma oportunidade de mostrar em imagens aquilo que os textos já diziam.
Tome foto dos amigos, do mais que perfeito namorado ( todos os namorados são perfeitos quando se existe amor e a certeza que você conheceu o homem da sua vida, é claro, que na vida real, nem sempre as histórias são assim, mas isso é coisa para outro post). Assim, eu demonstrava não só para os próximos, mas para todos os que, de passagem por aqui, paravam para bisbilhotar as "impressões de brunica". Não me arrependo de ter escrito cada palavra, cada sentimento em amadurecimento, mas talvez se eu fosse começar tudo de novo, faria diferente. Não que eu ache que ninguém se importa em ficar sabendo que em um lugar do planeta, em uma cidade pequena ( mas metida a besta) do Nordeste, uma jovem universitária acaba de conhecer um namorado e acredita que ele é o homem da sua vida. Claro que todo mundo gosta de ler romances, mas acho que é tão importante guardar, sentir aquele sentimento para você. Depois de um dia cheio de tarefas no trabalho, poder olhar naquela caixa secreta de todos os sentimentos e saber que ele está ali quietinho, sendo seu, sair do banho, perfumar e saber que ele está ali, ou ficar na expectativa das ligações e sentir teu corpo inteiro pulsado. Sentir-se mais bonita, sentir-se mais mulher.
Hoje entendo aquela personagem de Clarice, criando dificuldades, fazendo questão de esquecê-lo para depois achá-lo, fingir que não tem, só para depois ter o susto de ter. Não ser mais a menina com o livro e sim, uma mulher com seu amante

1 sobrou pra você!:

Márcio Cruz disse...

Bruna, compartilhar alegrias faz parte do sentido da vida. Talvez vc fizesse diferente, mas não há o que refazer. Olhe pra trás seguindo em frente.

Bjs!