sábado, 19 de julho de 2008

Quantas Vidas Você Tem?

Meu amor
Vamos falar sobre o passado depois
Porque o futuro está esperando
Por nós dois.
Por favor
Deixe meu último pedido pra trás
E não volte pra ele nunca
Nunca mais.
Porque ao longo desses meses
Que eu estive sem você
Eu fiz de tudo pra tentar te esquecer
Eu já matei você mil vezes
E seu amor ainda me vem
Então me diga quantas vidas você tem?

( Moska)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Beijo, me liga!

Sabe o que me cansa nesta vida? Não. Não vou começar a desenrolar uma ladainha de queixumes cotidianos que vão desde a acordar cedo até não conseguir dormir direito por causa das pragas, do calor etc. Também não vou me queixar dos almoços ruins, dos meus gatinhos que morrem ou da falta de música boa na praça.
O que me cansa bem mais que a violência cotidiana que nos invade pelos meios de comunicação é a quantidade de egos absolutamente inflados que a gente encontra por aí. Auto-estima mega aguçada que obriga o pobre do interlocutor a abrir todas as portas e janelas para que não seja sufocado, esmagado ou destruído pelos " Eus". Não sei como muita gente acredita na constante perseguição e que os outros dormem e acordam pensando nelas, falando delas e suspirando pelos cantos.
Ouço muito por aí: "Fulano me detesta ou tá dizendo por aí que aconteceu isso e isso" Vá tomar banho! Todo mundo sabe que isso não passa de vontade de ser amado, de ser evidência, de ser o centro do universo. Será tão difícil perceber que " toda essa gente já está sofrendo normalmente". Ninguém tem tempo para grandes destaques para uma pessoa comum. Querer problemas, basta assistir às novelas. Como diz um amigo meu: " Não me venha com essa conversa dificil, pq eu já estou cheia de problemas". E tenho dito!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Já contei a vocês que estou lendo um best-seller???


Ok, antes dos queixos aí abrirem crateras no chão, esperem só um minuto que ainda não terminei de falar. Não é apenas um best-seller e sim um best-seller de literatura feminina ( ouço o barulho de cabeças batendo contra a tela do computador...só peço que todos fiquem calmo). Calma, não virei uma moçoila casadoura e com as preocupações girando em torno de shoppings e as roupas da última hora ( honestamente, nem tenho tempo pra isso, é certo que fiz uma promessa nada inteligente pra minhas amigas sobre meu corpo, mas isso é outra história), mas o livro me despertou curiosidade. Ouvi bons comentários e não aguentava mais ver a capa verde lá piscando e com holofotes apelativos ( muitas vezes cheguei a ouvi-lo gritando: Me leva, pelo amor de Deus, seria bom ir pra sua casa com meus irmãos). Então, vamos lá comprei, mas só um: Melancia da Marian Keyes, uma escritora irlandesa que escreve comédias divertidas sobre o universo feminino. Pensei que no mínimo fosse me sentir a pessoa mais bem resolvida do mundo por não passar pelos dramas superficiais da heroína do livro, mas devo admitir que fui enganada profundamente pela minha presunção.

O texto é leve, mas não é vulgar. A história é complicada como todos os relacionamentos, todos os ingredientes de clichês e sofrimento por amores, mas é uma delícia. Me vi várias vezes rindo horrores e sofrendo querendo matar o marido dela. Talvez porque a Claire ( sim, o nome da minha heroína é Claire) não é mais uma menina, conta com os 29 anos quando é abandonada pelo marido ( James, nome ridiculo), após o parto. Pior, como nas histórias reais, o safado não a largou por uma mulher mais jovem e gostosa, mas por uma mais velha. Sem saber como agir ela volta pra casa da família em Dublin ( Irlanda), deixa o apartamento em Londres e com a filha recém-nascida parte para o sofrimento. Sofrimento de pessoas reais, vontade de morrer, de matar, encher a cara de bebida, nem levantar da cama e, aos poucos, vai lá levantando, olhando a vida novamente...o resto não vou contar.

Bem, com o preconceito vencido só posso dizer que não é um livro só para mulheres. Sinceramente, gostaria que alguns homens pudessem dar uma folheada ( pode ser escondido no quarto. O livro só tem 500 páginas, é rapidinho) é um pouco de como as mulheres se sentem ( odeio admitir isso), mas a Marian Keyes consegue falar coisas que eu já pensei e até já fiz nesta vida. Enfim, sem preconceitos é uma ótima leitura