terça-feira, 1 de julho de 2008

Já contei a vocês que estou lendo um best-seller???


Ok, antes dos queixos aí abrirem crateras no chão, esperem só um minuto que ainda não terminei de falar. Não é apenas um best-seller e sim um best-seller de literatura feminina ( ouço o barulho de cabeças batendo contra a tela do computador...só peço que todos fiquem calmo). Calma, não virei uma moçoila casadoura e com as preocupações girando em torno de shoppings e as roupas da última hora ( honestamente, nem tenho tempo pra isso, é certo que fiz uma promessa nada inteligente pra minhas amigas sobre meu corpo, mas isso é outra história), mas o livro me despertou curiosidade. Ouvi bons comentários e não aguentava mais ver a capa verde lá piscando e com holofotes apelativos ( muitas vezes cheguei a ouvi-lo gritando: Me leva, pelo amor de Deus, seria bom ir pra sua casa com meus irmãos). Então, vamos lá comprei, mas só um: Melancia da Marian Keyes, uma escritora irlandesa que escreve comédias divertidas sobre o universo feminino. Pensei que no mínimo fosse me sentir a pessoa mais bem resolvida do mundo por não passar pelos dramas superficiais da heroína do livro, mas devo admitir que fui enganada profundamente pela minha presunção.

O texto é leve, mas não é vulgar. A história é complicada como todos os relacionamentos, todos os ingredientes de clichês e sofrimento por amores, mas é uma delícia. Me vi várias vezes rindo horrores e sofrendo querendo matar o marido dela. Talvez porque a Claire ( sim, o nome da minha heroína é Claire) não é mais uma menina, conta com os 29 anos quando é abandonada pelo marido ( James, nome ridiculo), após o parto. Pior, como nas histórias reais, o safado não a largou por uma mulher mais jovem e gostosa, mas por uma mais velha. Sem saber como agir ela volta pra casa da família em Dublin ( Irlanda), deixa o apartamento em Londres e com a filha recém-nascida parte para o sofrimento. Sofrimento de pessoas reais, vontade de morrer, de matar, encher a cara de bebida, nem levantar da cama e, aos poucos, vai lá levantando, olhando a vida novamente...o resto não vou contar.

Bem, com o preconceito vencido só posso dizer que não é um livro só para mulheres. Sinceramente, gostaria que alguns homens pudessem dar uma folheada ( pode ser escondido no quarto. O livro só tem 500 páginas, é rapidinho) é um pouco de como as mulheres se sentem ( odeio admitir isso), mas a Marian Keyes consegue falar coisas que eu já pensei e até já fiz nesta vida. Enfim, sem preconceitos é uma ótima leitura

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