terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Bem...

Sempre gostei muito de observar as pessoas, principalmente, os argumentos utilizados para justificar algo que deu errado. É rotineiro culpar alguém, simular supostas armações, perseguições. Por exemplo, as coisas não deram errado por falha ou incompetência, foi fulano que te entregou e beltrano te passou a perna. Muito simples delegar funções de culpa.
Tem também os de pessoas protetoras, daquelas que acham que o vizinho, o amigo, o namorado, o cachorro, o papagaio são seres muito fragéis e que precisam de carinho, zelo e apoio emocional. A vida de fulana é uma merda porque ela não sabe ou não consegue se defender sozinha. Fala sério, ninguém precisa de um Super Homem para defender a humanidade.
Da mesma forma, a vida não é uma novela com super vilões daqueles que maltratam as mocinhas ou roubam todo o dinheiro delas que ficam na pior, mas conseguem se reerguer depois de vender muito sanduíche na praia. Não, as coisas não funcionam assim.
Fracassos e vitórias são reflexos das suas ações e ninguém é tão covarde que não consegue viver. Ninguém é bonzinho, ninguém é de todo ruim, tudo na vida tem interesse. Se eu gosto de alguém, vou ser legal com ele, mas se eu não gostar ou não conhecer direito meu comportamento será diferente. Assim a gente vai vivendo, cada qual no seu cada qual. Eu não tenho a culpa exclusiva dos seus problemas e muito menos os meus problemas são só da culpa alheia. É só isso...

Dom de iludir
(Caetano Veloso)
Não me venha falar na malícia de toda mulher
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é
Não me olhe como se a polícia
Andasse atrás de mim
Cale a boca e não cale na boca
Notícia ruim
Você sabe explicar, você sabe entender
Tudo bem
Você está
Você é
Você faz
Você quer
Você tem
Você diz a verdade
A verdade é seu dom de iludir
Como pode querer que a mulher
Vá viver sem mentir

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