segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A meu bem

sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor
pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava
no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus
como você me doía vezenquando eu vou ficar esperando
você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma
praça então os meus braços não vão ser suficientes para
abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta coisa
que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você
sem dizer nada só olhando olhando e pensando meu deus
ah meu deus como você me dói vezenquando
( Harriett- Caio Fernando Abreu)

Tirando a minha paixão declarada pela obra de Caio Fernando Abreu, esse post é para falar especialmente sobre as dores do mundo, sobre como algumas pessoas são doídas para a gente ou como doemos para alguém. Todo mundo já sentiu uma dor fina por alguém, seja por desprezo ao amor ou por desconfiança ( essa parte dói bastante). Acontece em todas as relações nesse mundo tão complexo. Até os mais lindos e sólidos casos de amor parecem desmanchar feito confeite de bolo...o que não podemos é deixar que o recheio se perca, que acabe o colorido da festa, dos balões do aniversário infantil.
Cores sempre lembram a minha infância, onde tudo doía menos, onde tudo era com cheiro bom de terra molhada e também do material emborrachado das minhas barbies...eu ficava ali guardando na memória cada perfume para lembrar no futuro. Hoje não sei se a cor é um detalhe, mas tudo que eu quero e vou fazer é te esperar em um banco de praça e não me importar se os dias a nossa volta teimam em ser cinzentos

1 sobrou pra você!:

Anônimo disse...

mesmo teimando em serem cinzentos os dias, eu sempre volto. se chover melhor, não há melhor sensação do que chegar em casa molhado para uma cama quente. beijos meu bem.