quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Eu sou o caso deles ( Novos Baianos)

Minha velha é louca por mim
Só porque eu sou assim
Meu pai, por sua vez
Se liga na minha
E nos "butecos" onde passa
Não dá outro papo

Eu sou o caso deles
Sou eu que esquento a vida deles
No fundo, no fundo
Coloco os velhos no mundo
Boto na realidade
Mostro a eternidade
Senão eles pensavam
Que tudo era "divino maravilhoso"
Levavam tudo na esportiva
Ficavam contanto com a sorte
E não se conformariam com a morte

Minha velha é louca por mim
Só porque eu sou assim

Não sei a data da música, mas creio que foi antes de eu nascer. Se foi depois eu era um girino e sem possibilidades de entender muita coisa, mas a considero tão atual. Acho interessante como a música e outras expressões como a literatura, as artes plásticas possuem uma capacidade de se tornarem eternas e despertarem certas emoções ou sentidos em diferentes gerações. Por exemplo, adoro Torturas de Amor de Waldick Soriano que é da juventude do meu pai. Tambem gosto de uma que minha avó cantava para mim, nunca soube o nome mas falava sobre um relacionamento que acabava e a pessoa sofrida pedia as cartas de volta ao " anjo ingrato". Música sofrida e que tenho certeza que com novos arranjos ia se tornar um grande clássico da mpb.É só apostar nisso, como creio que Tapas e Beijos, uma bregueira da minha infância que explodiu nos sucessos, pode ocupar de novo os espaços nas rádios e se desvencilhar da voz de Leonardo.
Bem, o que estou querendo dizer com esse blá, blá, blá todo é que não se pode ignoraro repertório do passado. É importante conhecer, eles também são responsáveis pela construção dos nossos cenários, embalaram protestos e situações que resultaram em novas imbricações políticas, sociais, afetivas e bla bla bla. Assim como as músicas de hoje, bestinhas que sejam, podem a se transformar o hit da vida do meu filho. É só esperar

3 sobrou pra você!:

Anônimo disse...

quem não curtiu um leandro e leonardo, um zezé di camargo e buciano, um chitãzinnn e xoxoró, ahushasua.

A eu adorava música brega romântica sertaneja.. "é um mexe mexe, todo mundo apronta" ahuahsuahsa

Beijos meu bem.Texto ficou legal. Faz lembrar, pensar e viver.

Bruno Figueiredo disse...

A arte é atemporal. Apesar de representarem determinado momento histórico, certos processos são longos demais para serem esquecidos. Ainda mais quando se trata de sentimentos...

Beijos!

Anônimo disse...

bruna, a música é de 73 ou 74... não te digo com precisão por estar com preguiça de ir ali dentro pegar o disco e ver... abraço!