quinta-feira, 31 de maio de 2007

ah...

"A saudade é um trem de metrô, subterrâneo obscuro escuro claro. É um trem de metrô
A saudade é prego parafuso quanto mais aperta tanto mais difícil arrancar...
A saudade é um filme sem cor que meu coração quer ver colorido" ( Brigitte Bardot- Zeca Baleiro)

Morrer faz parte da vida, mas é tão difícil lidar com a presença da morte. É como se fosse um confronto que a gente sempre tenta evitar, mas às vezes ela chega e não tem jeito, é implacável. Perdi meu tio para ela, mas ainda não consegui me acostumar com essa idéia.
Toda vez qdo estou almoçando tenho a impressão de ouvi-lo bater no portão, esse era o horário que ele sempre chegava e assistia ao Vídeo Show, sempre procurando alguma coisa pra arrumar. Ele dava um jeito em tudo: no ventilador, na lâmpada que não acendia, no quintal que sempre ficava sujo, no gás que faltou...sempre estava ele lá disposto.
Ele era um homem simples, andava desarrumado, e de um coração muito bom. Era boa praça, aceitava todos os apelidos de bom grado. O nome dele era Manuel de Jesus, apelido de infância: Jeso, mas podia ser Jesoca, Jeísa e outros variantes.
Ele me chamava de Brunica, roubava todos os dias os meus jornais, pra levar para a casa. A lembrança dele vai ficar sempre, meu coração hoje ainda está doendo, tudo está muito recente.
Acredito em Deus, espero que ele cuide bem dele

2 sobrou pra você!:

Anônimo disse...

senti falta hoje do coçar na minha cabeça, quando estava sentado no sofá e todas vez que fizer isso ou alguém fazer, vou lembrar deste homem, que defenderia de qualquer um, até dele mesmo.

Anônimo disse...

fique bem, brunica! abração!